Grande parte da nossa comunicação, atualmente, é feita de modo escrito, seja por mensagens em aplicativos, redes sociais ou e-mail. E, vez ou outra, acaba surgindo alguma dúvida em relação às regras de Português.
Além disso, quem conhece a língua portuguesa se destaca no ambiente profissional, já que para obter uma boa posição no mundo do trabalho é importante ter fluência na escrita, assim como na leitura e comunicação oral.
Por isso, separamos algumas dicas práticas, aplicadas a todo momento em nossa comunicação:
- Mas e mais
Essa é uma armadilha comum do dia a dia, que passa muitas vezes despercebida no momento de escrever. Porém, a regra é simples.
Nesse caso, devemos sempre lembrar que “mais” é um advérbio de intensidade ou conjunção aditiva, ou seja, tem função de intensidade ou soma. Por exemplo, “eu quero sempre mais” ou “mais alto”.
Enquanto, com o “mas”, temos que lembrar o seguinte: se pode ser substituído por “porém”, então é “mas”. Essa é uma conjunção adversativa. Por exemplo, “tento, mas não consigo”.
- Porque, por que, porquê e por quê
Essa é clássica e sempre gera dúvidas. De forma simples é assim:
“Por que”, separado e sem acento, é usado nas frases interrogativas (quando escrevemos no início das frases) e quando equivale à “razão”, “motivo” e “causa”. Por exemplo: Por que você não veio aquele dia?
“Porque”, junto e sem acento, liga duas ideias. Funciona como conjunção causal ou explicativa. É possível substituir o “porque” por expressões como “pois”, “já que”, “visto que”, “uma vez que” ou “em razão de”.
“Por quê”, separado e com acento, usamos com o sentido de “por qual razão” ou “por qual motivo”, no final de frase e, portanto, antes de ponto-final, ponto de exclamação ou de interrogação.
“Porquê”, junto e com acento, substitui palavras como razão, motivo ou causa. Por exemplo: “eu procuro um porquê para a minha existência”.
- Crase
Essa é uma daquelas regras que só parece difícil, mas a verdade é que não é tão complicado de dominá-la.
A crase é a junção de duas vogais idênticas. Mas o que pode gerar dúvidas é a regência dos verbos, de modo que você tenha como saber quando as vogais idênticas vão aparecer.
A crase serve para evitar a repetição de a + a nas situações em que precisamos utilizar “a”, com a função de vogal, juntamente com “a”, com a função de preposição (a + a = à).
Nessa situação descrita acima, ela deve vir antes de palavras femininas; na indicação de horas; antes de locuções adverbiais femininas que expressam ideia de tempo, lugar e modo; e com os pronomes aquele, aquela, aquilo, quando eles fazem contração com a preposição “a”.
- Hífen
O hífen passou a gerar ainda mais dúvidas após o novo acordo ortográfico, pois muitos ainda não memorizaram as novas regras. Funciona assim:
Não usar o hífen quando o primeiro elemento (prefixo) termina com letra diferente da letra que inicia o segundo = autoescola
Não usar o hífen quando o primeiro elemento (prefixo) termina com vogal e o segundo começa com consoante, exceto o h = extraclasse; sobre-humano.
Quando o segundo elemento começa com r ou s, essas letras deverão ser dobradas = antirrugas
Não usar o hífen quando o primeiro elemento termina com consoante e o segundo se inicia com vogal (há exceção como mal-estar) = interestadual
Usar o hífen quando o primeiro elemento termina com vogal ou consoante igual à letra que inicia o segundo = micro-ondas.
- Através e por meio de
Essa é muito comum. Por isso, lembre-se, “através” só deve ser usado no sentido de atravessar, por exemplo, “enxergo o sol através da janela”. Do contrário, use sempre “por meio de”: “fui convocado para a reunião por meio de e-mail”.
Essas dicas são importantes tanto para uso no dia a dia, como para provas, vestibulares, concursos. Acertar na Língua Portuguesa sempre nos faz ganhar pontos. E então, elas foram úteis para você? Para continuar por dentro de todas as novidades do CIEE/PR, acompanhe nossas redes sociais: Instagram, Facebook, YouTube, Twitter e LinkedIn.