Levante a mão quem nunca deixou uma tarefa mais complicada para depois! Todos acabam fazendo isso vez ou outra e não há nada de errado.
O problema começa quando se percebe que esse ato de procrastinar (deixar algo para depois) se tornou comum na rotina, afetando principalmente a saúde física e mental, além da produtividade.
Segundo Timothy A. Pychyl, autor e professor de psicologia na Carleton University, no Canadá, profissional que estuda o assunto há mais de 20 anos, a procrastinação é o atraso de um ato voluntário, que acontece apesar de sabermos que vai nos prejudicar.
Inclusive, esse ato de “empurrar com a barriga”, não está relacionado à má gestão de tempo ou à preguiça como muitas vezes relacionamos, mas sim, a uma inabilidade de administrar emoções e impulsos.
Como assim “deixar para depois” não é má gestão de tempo?
De acordo com pesquisadores, quando deixamos de fazer algo é porque compreendemos que a atividade vai nos causar algum desconforto, sendo mais difícil de executar ou porque não sabemos exatamente como fazer.
Por isso, antes de tentar combater a procrastinação, é importante descobrir quais são os gatilhos psicológicos que dão origem ao seu próprio ato de “deixar para depois”.
Mas a verdade é que o desconforto virá de qualquer maneira, porque a atividade precisará ser feita de alguma forma.
Por isso, esse comportamento é uma espécie de autossabotagem, que gera culpa, estresse, arrependimento, frustração e ansiedade que podem causar prejuízos à carreira, aos estudos e até mesmo aos relacionamentos.
Mas por que mesmo sabendo que isso vai nos gerar um mal-estar, ainda assim “empurramos adiante”? Porque ao postergar algo que pareça desagradável, sentimos uma momentânea sensação e prazer.
Mas o que fazer para quebrar o ciclo da procrastinação?
Para você não entrar nesse círculo vicioso ou tentar sair dele, separamos algumas dicas:
Tenha um caderninho
Anote as suas tarefas – ou opte por uma agenda eletrônica, como preferir.
Listar o que se tem para fazer é uma boa estratégia. Mas preste atenção! Não basta apenas fazer uma grande lista: é importante delinear prazos para cada uma delas.
Quando se coloca um objetivo determinado, é natural que a produtividade aumente.
Faça as tarefas em pequenos períodos
Quem é que quer passar horas e horas seguidas trabalhando em uma mesma tarefa, a qual se sabe que não está tão disposto a fazer? É mais difícil e também um gatilho certo para a procrastinação.
Por isso, a dica é separar essa “grande tarefa” em períodos menores. Por exemplo, dividir por etapas e a cada uma hora. Esses intervalos de tempo dão a sensação de pausa e também aumentam a produtividade.
Comece pela tarefa mais fácil
Sim! Ou pelas mais rápidas que exigem menos esforço. Essa estratégia ajuda a mandar para longe a sensação de “não vou conseguir”.
Ao começar a riscar atividades da sua lista, você se sentirá mais motivado a continuar nas próximas.
Perceber o ato de procrastinar é positivo
Não se sinta culpado, caso veja que em algum momento começou a procrastinar. Perceber o ato é justamente o que vai te ajudar a seguir adiante.
Não se exija tanto
Muitas vezes, as pessoas que procrastinam focam na autocobrança pensando que precisam de mais tempo para que a tarefa fique perfeita.
Assim, buscam o tempo perfeito para se dedicar a ela. Mas, isso é um engano, visto que a tarefa não vai ficar melhor no futuro. Por isso, não exija tanto de você e comece agora.
Crie prazos
Se você sabe que costuma deixar as coisas para depois, é importante estabelecer prazos saudáveis e possíveis dentro da sua rotina, não permitindo com que seus afazeres se acumulem.
Caso uma das tarefas estabelecidas esteja levando mais tempo do que o esperado, é a hora de redirecionar a rota e avisar seus superiores.
Assim, você estará com uma agenda mais realista e diminui a possibilidade de se frustrar, gerando mais procrastinação ainda.
Se livre das distrações
É claro que durante o dia existem várias distrações: celular, colegas de trabalho, ruído externo e outras possibilidades.
Mas, se você já tem ciência que procrastinar pode acontecer, tente se livrar ao máximo dessas possibilidades!
Deixe seu celular no modo silencioso, peça para que seus coworkers falem com você somente o necessário e adote outras estratégias.
Comece de qualquer maneira
Muitas pessoas possuem um grande problema em iniciar as atividades. Mas, aqui a dica é: comece mesmo que mal feito!
Ao seguir um fluxo e terminar finalmente o que precisa ser feito, você pode voltar ao início e revisar até encontrar a qualidade desejada.
Crie um sistema de recompensa
Que tal criar um sistema de recompensa consigo mesmo? Um exemplo: ao finalizar aquela atividade que está pendente na sua lista, coma um docinho, dê uma volta no escritório ou escute sua música favorita.
Ao criar esses “gatilhos” internos, com certeza ficará muito mais fácil ter energia e disposição para encontrar seu poder de “acabativa”.
Faça pausas estratégicas
É difícil permanecer na mesma atividade durante muito tempo, não é mesmo? Que tal aceitar isso e criar pausas estratégicas durante o desenvolvimento de uma tarefa?
A técnica Pomodoro é uma delas: são 25 minutos de foco intenso com 5 minutos de descanso. Após 4 intervalos, há uma pausa maior entre 15 até 30 minutos, variando de pessoa para pessoa.
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