Como saber se o seu programa de aprendizagem está, de fato, trazendo resultados?
A resposta está nos KPIs, os indicadores-chave de desempenho que ajudam a medir de forma objetiva o impacto da iniciativa na empresa e no desenvolvimento dos jovens.
Se você já tem aprendizes na sua organização, mas não monitora o desempenho do programa, corre o risco de perder oportunidades de melhoria e até de reduzir os benefícios esperados, tanto para o negócio quanto para os talentos em formação.
O que são KPIs e por que usá-los em programas de aprendizagem?
Os KPIs são métricas utilizadas para acompanhar o progresso de processos, projetos e iniciativas.
Segundo David Parmenter, especialista no assunto com mais de 4 livros publicados: “KPIs representam um conjunto de medidas focando nos aspectos de performance organizacional que são mais críticos para o sucesso atual e futuro da empresa”.
E, pensando no âmbito da aprendizagem, eles permitem:
- Avaliar o desempenho dos aprendizes;
- Entender a eficiência do programa interno de capacitação;
- Identificar gargalos e oportunidades de melhoria.
Além disso, os KPIs ajudam a fortalecer o papel social da empresa e alinhar a estratégia de inclusão de jovens com os objetivos organizacionais.
Programas bem estruturados, alinhados à Política Nacional de Educação Profissional e Tecnológica, contribuem diretamente para a formação de mão de obra qualificada e para o desenvolvimento socioeconômico do país.
Quais KPIs aplicar em programas de aprendizagem?
Veja a seguir os principais indicadores que podem ser usados para monitorar seu programa:
1. Taxa de retenção dos aprendizes
Indica quantos jovens permanecem na empresa até o fim do contrato. Taxas altas demonstram alinhamento entre expectativas e realidade do programa.
2. Índice de efetivação
Mostra a quantidade de aprendizes contratados após o término do programa. É um excelente indicador de aproveitamento interno e sucesso na formação.
3. Frequência e desempenho escolar
Acompanhando os dados de frequência e desempenho acadêmico, a empresa garante que o jovem está evoluindo em paralelo à prática profissional, o que é exigido pela Lei da Aprendizagem.
4. Avaliação do gestor direto
Permite entender, a partir de feedbacks estruturados, como os gestores percebem a evolução do aprendiz nas tarefas e no comportamento profissional.
5. Satisfação do aprendiz
Pesquisas internas ajudam a entender a percepção do jovem sobre a experiência, o ambiente de trabalho e o acompanhamento recebido.
Isso colabora para melhorias e mostra o compromisso com o desenvolvimento integral.
Como colocar esses KPIs em prática?
A adoção dos KPIs depende de organização e continuidade. Veja alguns passos para aplicar na prática:
- Defina os objetivos do programa (capacitação, inclusão social, formação de futuros colaboradores etc.);
- Escolha os KPIs mais adequados ao seu cenário atual;
- Estabeleça metas realistas e periódicas;
- Use ferramentas de RH ou planilhas para o monitoramento contínuo;
- Compartilhe os resultados com líderes e mantenha um plano de ação em evolução.
Por que isso é tão importante?
Além de garantir a efetividade do programa, a mensuração ajuda a fortalecer a cultura organizacional e atender aos requisitos legais e sociais da Lei da Aprendizagem.
Empresas que monitoram indicadores conseguem promover experiências mais ricas, motivadoras e transformadoras para os jovens e se posicionam como referências em responsabilidade social e formação de talentos.
E segundo dados do Ministério do Trabalho, a aprendizagem profissional tem papel estratégico na formação de jovens e no combate à informalidade no primeiro emprego, reforçando a importância de se investir, acompanhar e evoluir constantemente.
Comece agora a colocar os KPIs em prática!
Medir os resultados de um programa de aprendizagem vai muito além do cumprimento da lei, sendo uma prática estratégica para desenvolver talentos, melhorar processos internos e ampliar o impacto social da sua empresa.
Ao aplicar KPIs de forma estruturada e contínua, sua organização assegura a qualidade da formação dos jovens e fortalece sua imagem como agente de transformação.
Invista no monitoramento, avalie com consistência e mantenha o programa alinhado aos objetivos institucionais e ao futuro dos aprendizes. O retorno, nesse caso, é mútuo, para o jovem e para o negócio.